Soldados israelenses encontraram os corpos dos três adolescentes que haviam desaparecido duas semanas e meia atrás perto da cidade de Hebron, na Cisjordânia, encerrando a caçada que resultou numa das maiores repressões do Exército israelense na Cisjordânia nos últimos anos.

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Segundo fontes, que falaram em condição de anonimato, os corpos foram encontrados perto da vila de Halhul, local próximo de onde eles desapareceram. O anúncio foi precedido por relatos da Rádio Israel a respeito de confrontos entre palestinos e tropas israelenses na região de Hebron.

Desde 12 de junho, quando Naftali Fraenkel, Gilad Shaar e Eyal Yifrah desapareceram nas proximidades do assentamento de Alon Shvut, Israel acusava o Hamas de ter sequestrado os adolescentes e lançou grandes ações que levaram à detenção de 300 palestinos, acusados de serem ativistas do grupo militante islâmico.

A ofensiva contra o Hamas levou tropas israelenses de volta ao centro de cidades palestinas em toda a Cisjordânia pela primeira vez desde 2002 e foi acompanhada por um súbito aumento da violência na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Sul de Israel. Pelo menos quatro palestinos foram mortos em confrontos com forças israelenses envolvidas na ofensiva.

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Após acusar o Hamas, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu pressionou o presidente palestino Mahmoud Abbas a abandonar seu acordo de reconciliação com o Hamas e a romper o recém formado governo de união.

O desaparecimento dos adolescentes provocou tensões políticas entre Abbas e o Hamas. Abbas condenou o sequestro e disse que ele era uma ameaça aos interesses palestinos, ordenando que suas forças de segurança ajudassem Israel nas buscas aos garotos, medida que foi condenada pelo Hamas.

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Autoridades do Hamas não confirmaram nem negaram envolvimento do grupo no desaparecimento dos jovens, mas elogiaram a realização de sequestros de israelenses, em geral, como um meio legítimo de lutar contra a ocupação de Israel na Cisjordânia. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.