O Gabinete de Segurança de Israel, formado pelos ministros das áreas relacionadas a questões militares e relações exteriores, aprovou a ampliação da ofensiva militar contra o território palestino de Gaza. Um alto funcionário do Ministério da Defesa disse que a decisão final sobre isso caberá ao ministro Ehud Barak.
“Eles aprovaram a continuidade da ofensiva por terra, inclusive um terceiro estágio dela, que ampliaria as operações com uma penetração mais funda em áreas habitadas. Mas eles deixaram para o estabelecimento da Defesa decidir se a decisão será implementada”, afirmou o funcionário.
A ofensiva israelense contra Gaza começou no dia 27 de dezembro, uma semana depois de expirar um cessar-fogo de seis meses adotado em junho por iniciativa do Movimento Islâmico de Resistência (Hamas, na sigla em árabe), que governa o território desde que foi eleito, em 2006. O Hamas afirma que cumpriu escrupulosamente a trégua, embora outros grupos palestinos menores, ainda mais radicais, tenham continuado a disparar foguetes de fabricação caseira contra território israelense.
Segundo as agências de notícias israelenses e palestinas, nenhum cidadão israelense foi morto por foguetes disparados desde Gaza durante o cessar-fogo. Porém, no mesmo período, 27 palestinos foram mortos no território em ações militares israelenses por terra ou em ataques aéreos. Essas operações levaram o Hamas a declarar, em 17 de dezembro, que não renovaria o acordo de trégua, fato que serviu de argumento para Israel atacar o território dez dias depois. As informações são da Dow Jones.