Israel divulga lista de palestinos que serão libertados

Israel divulgou neste domingo uma lista de 477 prisioneiros palestinos que serão libertados na próxima semana, como parte de um acordo para assegurar a soltura do soldado israelense Gilad Shalit. Centenas deles cumprem prisão perpétua depois de terem sido condenados por envolvimento em ataques, incluindo o bombardeio de uma discoteca em Tel Aviv, em 2011, no qual 21 pessoas morreram, e o atentando contra um hotel na cidade de Netanya, um ano depois, que deixou 29 mortos.

As identidades dos prisioneiros foram divulgadas somente 48 horas antes da troca, mas informações específicas do acordo ainda estão sendo trabalhadas, de acordo com autoridades. Sob o pacto assinado na terça-feira, Israel deve libertar um total de 1.027 detentos palestinos em troca da soltura do soldado de 25 anos de idade, que está preso em Gaza há mais de cinco anos.

Se o acordo for adiante, será o maior número de prisioneiros palestinos já soltos pelo Estado judeu para garantir a liberdade de apenas uma pessoa. Também será a primeira vez em 26 anos que um soldado capturado retorna a Israel com vida. A lista dos 450 homens e 27 mulheres foi divulgada na manhã de hoje no site do Serviço de Prisões Israelenses, dando ao público 48 horas para apresentar qualquer recurso judicial contra os nomes. Os outros 550 prisioneiros devem ser libertados dentro de dois meses.

O Hamas também publicou uma lista idêntica em seu site oficial. Assim que a lista foi divulgada, as principais estações de rádio e televisão de Israel começaram a dar detalhes sobre os ataques mortais em que os prisioneiros estiveram envolvidos. O serviço de prisões disse que 131 presos vão voltar às suas casas em Gaza e 55 à Cisjordânia. Outros 55 serão autorizados a voltar para suas famílias na Cisjordânia, mas com certas restrições. Seis árabes-israelenses também serão mandados para casa.

Mas 203 prisioneiros da Cisjordânia serão exilados, sendo 145 transferidos para Gaza e outros 40 para fora do país. Outros 18 serão enviados a Gaza por três anos, antes de serem autorizados a voltar à Cisjordânia.

O presidente israelense, Shimon Peres, recebeu os arquivos dos prisioneiros na noite de sábado para começar a trabalhar na anistia oficial, que precisa ser assinada antes da troca esperada para terça-feira. E com os nomes agora em domínio público, os israelenses que desejam recorrer contra a libertação de prisioneiros específicos têm 48 horas para fazê-lo.

Um grupo que representa vítimas dos ataques já apresentou uma petição em duas partes, questionando o princípio de libertação de tantos prisioneiros de segurança, e também contra a libertação de prisioneiros individuais.

O supremo tribunal israelense nunca reverteu nenhuma decisão do governo no que diz respeito à libertação de prisioneiros envolvidos em ataques a militantes. Os detalhes sobre o funcionamento da troca ainda serão analisados com o negociador-chefe de Israel, David Meidan, no Cairo, para concluir as disposições por meio de mediadores egípcios. As informações são da Dow Jones.

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