Tratores israelenses começaram a demolir um complexo de moradias na Cisjordânia nesta quarta-feira, enquanto o escritório do primeiro-ministro determinou a “imediata construção” de algumas das 300 unidades em outra localidade no mesmo assentamento e avançou com os planos para cerca de 500 novas unidades em Jerusalém Oriental.
As medidas, que devem ser alvos de críticas internacionais, ocorrem em meio a um impasse sobre o assentamento Beit El, ao norte de Jerusalém na Cisjordânia. A escalada piorou nesta quarta-feira, após a Suprema Corte israelense rejeitar uma petição para rever uma decisão inicial de demolir um complexo em Beit El e determinar a destruição completa até a quinta-feira. O complexo foi considerado ilegal porque estava em construção antes da autorização israelense. Os militares avançaram e retiraram manifestantes, mas havia centenas de assentados judaicos reunidos no local e alguns entraram em confronto com as forças de Israel, que responderam disparando jatos d’água.
Israel prometeu inicialmente construir 300 unidades de moradia em Beit El há três anos, quando determinou a retirada de outras construções no terreno privado palestino. As novas unidades anunciadas pelo escritório do premiê Benjamin Netanyahu estão em Beit El e em outras áreas, incluindo Jerusalém Oriental.
Os palestinos consideram essas construções ilegais, posição apoiada pela comunidade internacional. Na Organização das Nações Unidas, o secretário-geral Ban Ki-moon condenou o anúncio da construção de novas unidades, “bem como o planejamento e a construção de quase 500 unidades de moradia em vários assentamentos em Jerusalém Oriental”. Ban pediu que Israel revisse essas decisões.
Israel capturou a Cisjordânia e Jerusalém Oriental em 1967 e anexou Jerusalém Oriental, uma medida não reconhecida internacionalmente. Fonte: Associated Press.