O Ministério das Relações Exteriores de Israel aprovou uma medida que permitirá que os cidadãos de seu país processem a Autoridade Palestina por causa de ataques suicidas. A pasta tomou a decisão no domingo (16), permitindo que 55 processos do tipo prossigam. Desde 2000, 541 pessoas foram mortas em 131 atentados suicidas em Israel.

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Parentes das vítimas de um dos mais sangrentos ataques, quando 21 jovens foram mortos em um bombardeio em uma danceteria de Tel-Aviv, pediam permissão para processar a Autoridade Palestina pelos estragos. No ano passado, a Suprema Corte de Israel ordenou que o ministério de Relações Exteriores decidisse sobre o caso.

Ontem, o ministério divulgou um comunicado aprovando os processos. O ministério informou que a Autoridade Palestina "não desfruta de imunidade de ser processada em Israel" por atentados suicidas, disse o porta-voz Arye Merkel. Ele disse que o significado da decisão é que Israel não reconhece a Autoridade Palestina como um Estado. Em geral, os Estados são imunes de perseguição em cortes de outros países.

Um alto funcionário palestino rejeitou a decisão. Riad Malki, ministro das Relações Exteriores da Autoridade Palestina e porta-voz do governo, disse que as cortes israelenses não têm jurisdição legal sobre a Autoridade Palestina. Ele advertiu que a decisão poderia prejudicar as conversas de paz.

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"Esse é um tema político, não legal ou judicial", disse Malki. "Nós esperávamos que (o Ministério das Relações Exteriores) provesse uma atmosfera positiva para o prosseguimento do processo de paz e das negociações. Nós lamentamos essas inclinações. Nós as condenamos", afirmou ele.