Tropas israelenses atacaram nesta sexta-feira (16) novamente a Faixa de Gaza, enquanto os militantes do Hamas ofereceram um cessar-fogo condicional, em meio à ação diplomática pelo fim da guerra. Os militares lançaram cerca de 40 ataques contra o Hamas nesta sexta-feira, contra militantes, túneis e uma mesquita suspeita de ser usada para estocar armas, segundo o Exército. Nas primeiras horas do dia, tanques israelenses se retiraram de Tal Al-Hawa, bairro em Cidade de Gaza, onde houve confrontos nos últimos dias que destruíram partes de uma área residencial e deixaram um hospital em chamas.

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O Exército de Israel bloqueou a Cisjordânia por 48 horas, após o Hamas convocar um “dia de ódio” contra a ofensiva em Gaza. Quinta, um dos principais líderes do Hamas, o ministro de Interior, Said Siam, foi morto em um ataque aéreo. Siam é o mais importante líder do Hamas morto na ofensiva. Ele era um linha-dura, responsável por monitorar a criação da força policial do movimento e figura fundamental para a operação na qual o Hamas expulsou em 2007 as forças leais ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que agora controla somente a Cisjordânia.

Israel mandou enviados para o Egito para mais conversas sobre a proposta egípcia para um cessar-fogo. Também viajaram funcionários para Washington, a fim de assinar um acordo para evitar o contrabando de armas em Gaza, importante exigência de Israel para o fim da ofensiva iniciada no dia 27 de dezembro.

Na frente diplomática, o Egito pressionou por um cessar-fogo. O principal negociador israelense, Amos Gilad, deve retornar ao Egito nesta sexta-feira para discutir os detalhes de uma possível trégua, segundo o escritório do primeiro-ministro Ehud Olmert. No que foi visto como uma importante movimentação, a ministra de Relações Exteriores, Tzipi Livni, viajaria hoje para Washington para firmar um memorando de esforços comuns para interromper o contrabando na fronteira entre Egito e Gaza.

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O vice-líder da liderança do Hamas exilada em Damasco, Mussa Abu Marzuk, disse que o grupo estava pronto para aceitar um cessar-fogo de um ano, renovável, caso Israel retire suas tropas de Gaza. Marzuk afirmou que também é preciso que os israelenses interrompam o bloqueio no território. As informações são da Dow Jones.