Israel deu a aprovação preliminar hoje para a construção de 130 novos apartamentos na disputada Jerusalém Oriental, o setor árabe da cidade e área que os palestinos reivindicam para capital de seu futuro Estado. A decisão das autoridades municipais ocorre em meio ao impasse nas negociações entre israelenses e palestinos, justamente sobre as construções nos assentamentos de colonos judeus na Cisjordânia e na parte árabe de Jerusalém.
O porta-voz da Prefeitura, Elie Isaacson, disse que novas construções foram aprovadas para Gilo, um assentamento judaico em Jerusalém Oriental. O projeto, que adaptará a construção de um hotel para um complexo de apartamentos, ainda precisa da aprovação do Ministério do Interior para prosseguir. “Tanto quanto sabemos, não existe congelamento a construções em Jerusalém. Por isso, a Prefeitura continua a autorizar construções em todas as partes da cidade, tanto para judeus quanto para árabes”, disse Isaacson.
“Está bem claro que Israel decidiu desafiar a vontade internacional e que deixou clara sua opção pelos assentamentos e não para um acordo político”, disse Husam Zomlot, um porta-voz do governo palestino. Cerca de 200 mil judeus vivem em Jerusalém Oriental, ao lado de 250 mil palestinos. Israel capturou Jerusalém Oriental em 1967 e depois anexou a parte árabe da cidade. A anexação não é reconhecida pela comunidade internacional. As informações são da Associated Press.