Um árabe-israelense e dois drusos, moradores das Colinas de Golã, foram formalmente acusados hoje por um tribunal israelense por espionagem para a Síria e por tentativa de sequestro. Os três são suspeitos de passar informações para funcionários de inteligência da Síria sobre manobras submarinas na costa norte da cidade de Haifa e de ter entregado um vídeo e outras imagens de bases israelenses em todo o país.
“Três israelenses foram acusados de espionagem e de manter contato com o inimigo”, disse o porta-voz da polícia Mickey Rosenfeld à agência de notícias France Presse. Fidaa al-Shaar e seu pai Majid al-Shaar, da comunidade de Majdel Shams, nas Colinas de Golã, e Mahmud Masarweh, da vila de Baka al-Gharbiyeh, norte de Israel, foram acusados por um tribunal de Nazaré por “espionagem agravada”.
Os três também são apontados como os planejadores do sequestro de um homem que acreditavam ser um piloto sírio que desertou para Israel em 1989. “Eles planejavam sequestrá-lo e enviá-lo de volta para a Síria”, disse o porta-voz. A polícia deteve Fidaa al-Shaar em Majd al-Shams no dia 12 de julho, mas a divulgação de todos os detalhes sobre sua detenção, a de seu pai e do outro réu dependem de ordem judicial.
Majdel Shams é a principal cidade das Colinas de Golã, tomadas da Síria por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Israel anexou Golã unilateralmente em 1981. A grande maioria dos 18 mil sírios, na maioria drusos que permaneceram no local, se recusam a aceitar a cidadania israelense. As informações são da Dow Jones.