A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, voltou a criticar duramente o Irã durante seu discurso na 8ª Conferência Mundial do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), realizada na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Hillary cobrou que países que não respeitem as resoluções do tratado sejam punidos e disse que, atualmente, apenas o Irã não tem respeitado o TNP entre as 180 nações que fazem parte do acordo. Para a secretária de Estado, o Irã está cada vez mais isolado.
“O isolamento do Irã e as pressões da comunidade internacional estão aumentando. A grande maioria das nações têm uma agenda muito mais ampla”, afirmou Hillary. “Eu chamo o Irã para cumprir suas obrigações internacionais. Para que tenhamos um mundo mais seguro”, pediu.
Mais cedo, pela manhã, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, negou as acusações de que esteja enriquecendo urânio para produzir armas nucleares e disse que os EUA é que deveriam ser fiscalizados. “O governo dos Estados Unidos não só usou armas nucleares como continua a ameaçar usá-las contra outros países, como o Irã”, acusou. Em resposta, Hillary disse que alguns países continuam a escolher não serem construtivos e que o presidente do Irã voltou a fazer acusações contra os Estados Unidos. “O que não é uma surpresa. Esse é um modo dele desviar a atenção,”, disse Hillary.
No início da tarde, Hillary teve um encontro de cerca de 10 minutos com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim. No final do encontro, Amorim, demonstrando certa irritação, falou pouco com os jornalistas e disse que, entre outros assuntos, ambos falaram “um pouco” do Irã. Amorim não disse exatamente o que falaram das sanções que os EUA defendem contra o Irã. “Não sei se a palavra sanção foi usada. Ela reiterou na reunião como vem conduzindo (o assunto). E que acredita que uma pressão pode funcionar.”