Dois irmãos, de 7 e 9 anos, contaram aos psiquiatras como torturaram e mataram uma menina de 2 anos, uma revelação que reacende o debate entre os argentinos sobre a lei que proíbe condenar menores por crimes hediondos. A juíza Marta Pascual disse que as crianças confessaram terem assassinado a menina em uma espécie de favela ao sul de Buenos Aires. "Eles perceberam a dor dela, mas isso não os comoveu", disse Pascual, depois de se encontrar com os psiquiatras que examinaram os garotos.

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A menina desapareceu de sua casa no bairro de Almirante Brown no domingo. Sua família encontrou seu corpo em um terreno baldio a 10 quarteirões de distância da casa. Ela foi deixada nua, espancada e estrangulada com um fio de telefone ao redor de seu pescoço. A descoberta deixou os vizinhos prestes a atacar um adulto suspeito, até que os garotos confessaram.

A lei Argentina proíbe a condenação de alguém com menos de 18 anos. No lugar disso, os jovens são mantidos em casas de reabilitação até os 18 anos e então soltos sem nenhuma punição.

"Esses dois garotos são vítimas tanto quanto a pobre menina que mataram", disse a psicóloga de família Cristina Castillo. "Mesmo que eles soubessem o que estavam fazendo, eles não sabiam das conseqüências de seus atos. Eles não saberiam que iriam acabar matando a menina", argumentou. Essa percepção geralmente vem depois da adolescência, disse Cristina.

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