Várias dezenas de iraquianos que não conseguiram asilo na Europa retornaram ao Iraque hoje, apesar dos temores de que o país ainda seja um local muito perigoso. A segurança melhorou no Iraque desde o pico dos confrontos sectários em 2006 e 2007, mas o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR) pediu ao governo que não forcem o retorno dos iraquianos que fugiram do país após a invasão norte-americana de 2003, lembrando os contínuos ataques e violações aos direitos humanos.
Após o pouso do avião com vários deportados no aeroporto de Bagdá na tarde de hoje, dez dos passageiros se recusaram a desembarcar e tiveram de ser escoltados para fora da aeronave pela polícia, informou um funcionário iraquiano, em condição de anonimato.
Essas pessoas não resistiram aos policiais que entraram no avião, mas disseram a eles que não estavam voltando para o Iraque voluntariamente, disse o funcionário, acrescentando que todos serão interrogados pela polícia antes de entrarem no país.
O avião proveniente de Estocolmo levava 27 iraquianos deportados da Suécia, nove da Noruega, quatro da Holanda e um número desconhecido de pessoas que tentaram asilo na Grã-Bretanha, disse Sybella Wilkes, porta-voz do UNHCR. O funcionário iraquiano disse que 56 pessoas retornaram ao país hoje, partindo de vários países europeus.