As milícias xiitas autorizadas pelo Estado do Iraque informaram neste domingo que cerca de 5 mil combatentes se juntaram à ofensiva para cercar Mossul, a segunda maior cidade do país, e expulsar os combatentes do Estado Islâmico de lá. Também neste domingo ataques a bomba mataram pelo menos 17 pessoas em bairros xiitas residenciais na capital do Iraque, Bagdá.

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Karim al-Nuri, do guarda-chuva de milícias conhecido como Unidades de Mobilização Popular, e Jaafar al-Husseini, um porta-voz de um dos grupos, chamado Brigadas do Hezbollah, disseram que, como o reforço recente, participam agora da batalha cerca de 15 mil combatentes xiitas. As Forças Armadas do Iraque confirmaram os números, que, incluindo unidades do exército, polícia militarizada e forças especiais, elevam o número total de combatentes anti-Estado Islâmico na ofensiva para mais de 40 mil pessoas.

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Mossul é a segunda maior cidade do Iraque e o último grande bastião de combatentes do Estado Islâmico no país. A luta para expulsar os extremistas está sendo planejada desde que eles invadiram a cidade em 2014, expulsando uma força iraquiana em maior número, embora desmoralizada por negligência e corrupção. As Forças Armadas dos Estados Unidos estimam que o Estado Islâmico possui de 3 mil a 5 mil combatentes dentro de Mossul e outros 1,5 mil e 2,5 mil combatentes no cinturão defensivo exterior da cidade. O número total inclui cerca de 1 mil combatentes estrangeiros.

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Nas horas seguintes ao anúncio dos reforços xiitas, cinco explosões atingiram áreas predominantemente xiitas da capital iraquiana, matando pelo menos 17 pessoas e ferindo mais de 60, disse a polícia local. Os oficiais disseram que o mais mortal dos atentados, com um carro-bomba estacionado, atingiu um popular mercado de hortifrútis perto de uma escola na área de Hurriyah, no noroeste da cidade, matando pelo menos 10 e ferindo 34 pessoas. Outros ataques com dispositivos explosivos improvisados atingiram o bairro de Shaab, no norte da capital iraquiana, bem como mercados nas áreas de Topchi e Zataria e o distrito de Sadr City. Os policiais falaram sob condição de anonimato porque não foram autorizados a informar os repórteres.

Nenhum grupo reivindicou imediatamente a responsabilidade pelos ataques. Mas o Estado Islâmico intensificou a frequência de atentados em resposta à ofensiva em Mossul, e é possível que o grupo tivesse como alvo áreas xiitas.

Mais cedo, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, advertiu que seu governo acompanhará de perto o comportamento das milícias xiitas no norte do Iraque e vai procurar salvaguardar os direitos dos turcomanos étnicos que vivem na região. Segundo a agência de notícias estatal Anadolu, Erdogan disse a repórteres que o grupo de milícia conhecido como Hashd al-Shaabi poderia despertar uma resposta turca se “aterrorizar” a cidade iraquiana e turcomana de Tel Afar, por onde passará em seu esforço para tomar Mossul. Fonte: Associated Press.