Subiu para ao menos 99 o total de mortos em uma série de atentados hoje, no Iraque. O governo iraquiano culpou a Al-Qaeda pela violência em Bagdá, afirmando que o grupo tenta explorar a instabilidade política nacional. Mais de duas semanas após as eleições gerais, ainda não se sabe quem vai controlar o país. Além disso, nos próximos quatro meses, os Estados Unidos pretendem retirar a metade de seus 92 mil soldados no Iraque.
“A Al-Qaeda tenta explorar os vazios criados pelos problemas políticos”, disse o major general Qassim al-Moussawi, porta-voz do centro operacional de segurança de Bagdá. “Os grupos terroristas que operam no Iraque têm agendas bem conhecidas. Alguns desses grupos têm apoio regional e internacional, com o objetivo de influenciar o processo político e democrático dentro do Iraque”, afirmou.
Atentados
No mais violento dos incidentes, dois carros-bomba explodiram na cidade de Hillah, ao sul de Bagdá. Esse atentado foi seguido pela explosão de um suicida, o que matou pelo menos 45 pessoas e deixou ao menos 140 feridos. Outro atentado na cidade de Basra, no sul do país, matou pelo menos 15 pessoas em um mercado, segundo policiais e funcionários do setor de saúde.
Em mais um ataque, na pequena cidade de Suwayrah, oito pessoas morreram e 71 ficaram feridas, segundo um policial e um funcionário de um hospital da cidade próxima de Kut. Suwayrah fica 40 quilômetros ao sul de Bagdá. Policiais iraquianos também foram alvos em outros pontos do país. Em Falluja, a oeste de Bagdá, pelo menos três pessoas morreram na explosão de três bombas.