O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou neta quarta-feira que seu país não irá abandonar seu programa de mísseis balísticos, apesar da crescente pressão internacional no sentido contrário.

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“Eu aprovo o diálogo político em níveis internacionais”, disse Khamenei, se referindo ao acordo nuclear firmado em meados do ano passado. Hoje, no entanto, estamos em um momento que requer “tanto o diálogo como os mísseis”, continuou.

O Irã iniciou uma nova série de testes com mísseis no ano passado, com o último lançamento acontecendo no início deste mês. Os testes causaram o temor no Oriente Médio e no Ocidente de que o acordo nuclear assinado no ano passado não foi o suficiente para deter as ambições militares e estratégicas de Teerã.

Autoridades do país insistem que os mísseis têm propósitos defensivos e não são desenhados para carregar ogivas nucleares. Em dezembro, o presidente Hassan Rouhani prometeu acelerar o desenvolvimento da capacidade balística do país após os Estados Unidos alertarem para novas sanções.

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Os EUA veem os mísseis de longo alcance iranianos como uma ameaça a Israel e aliados do Golfo Pérsico. Em resposta aos últimos testes, Washington impôs novas sanções sobre 11 entidades iranianas.

Para a Rússia, que estreitou seus laços políticos e de segurança com o Irã desde a assinatura do acordo, não há indícios de que os mísseis testados poderiam ser carregados com ogivas.

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“Como os iranianos estão nos dizendo, os mísseis testados são incapazes de carregar ogivas. Não acreditamos que esses lançamentos estão violando a resolução 2231, uma vez que ela não proíbe esse tipo de teste”, disse Mikhail Ulyanov, funcionário do Ministério das Relações Exteriores. Fonte: Associated Press,