Oriente Médio

Irã prende 2 jornalistas e expulsa correspondente da BBC

Jila Bani Yaghoub e Bahman Ahmadi Amouie, dois importantes jornalistas iranianos, foram presos ontem à noite após as manifestações que terminaram em violento confronto com a polícia, afirmou o jornalista iraniano Issa Saharkhiz. Além disso, o governo iraniano ordenou que o correspondente da rede BBC, Jon Leyne, deixe o país em 24 horas e determinou que a sucursal do canal de tevê Al-Arabiya, com sede em Dubai, permaneça fechado por tempo indeterminado por “reportar de forma injusta” a disputa eleitoral para presidência da semana passada.

O jornalista reformista Issa Saharkhiz disse que agentes iranianos também tentaram prendê-lo ontem, assim como dois outros jornalistas reformistas e ativistas, Rajab Ali Mazrouie e seu filho Hanif Mazrouie, mas eles não estavam em casa. “Eu não estava em casa na noite de ontem. Quatro homens do judiciário forçaram minha filha a abrir a porta e então sequestraram meus papeis e computador”, disse Saharkhiz, que era um membro da campanha do candidato derrotado Mehdi Karroubi.

Centenas de manifestantes e um grande número de reformistas, incluindo ex-membros do alto escalão do governo e jornalistas, têm sido presos pelas autoridades em uma tentativa de reduzir a onda de protestos que tomou conta de Teerã e outras cidades.

Em Londres, a BBC confirmou hoje que seu correspondente no Irã foi convidado a deixar o país pelas autoridades iranianas em meio a acusações de que estaria ajudando a apoiar a violência pós-eleição. “Com pesar, Jon Leyne, o correspondente permanente da BBC em Teerã, foi convidado a partir pelas autoridades iranianas. O escritório da BBC permanece aberto”, diz a nota divulgada pela companhia.

Enquanto isso, a sucursal da tevê Al-Arabiya recebeu ordem de permanecer fechada por tempo indeterminado. “Eles ordenaram para não transmitirmos qualquer notícia sobre o Irã”, disse o editor-chefe da rede Mohammed al-Khateeb. No dia 14 de junho, as autoridades iranianas ordenaram a sucursal da Al-Arabiya em Teerã a fechar por uma semana após os resultados contestados da eleição que reelegeu o presidente linha dura Mahmoud Ahmadinejad. As informações são da Dow Jones.

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