O Instituto para Ciência e Segurança Internacional, sediado nos Estados Unidos, divulgou hoje um relatório apontando que o Irã precisaria de dois a quatro meses para conseguir material para uma bomba nuclear.
De acordo com o relatório, as centrífugas da República Islâmica levaria de dois a quatro meses para fabricar 25 kg de urânio enriquecido a 90% se usar a usina de Natanz, a maior do programa nuclear iraniano, com 10 mil centrífugas.
O tempo chegaria a 21 meses se a produção for feita na usina de Fordow, que tem 800 processadoras. O peso considerado é a quantidade suficiente para produzir uma bomba atômica.
O relatório aponta que o processo poderá ser mais rápido se o país possui quantidades grandes de urânio enriquecido a 20% de pureza, como as suspeitas de países do Ocidente e de Israel.
Nesse nível, é possível chegar mais rápido ao nível de 90% de enriquecimento, o suficiente para produzir uma bomba nuclear. O percentual de pureza necessário para o uso energético é de 3,5%.
Falta tecnologia
Apesar do temor, o grupo não acredita que o país tenha desenvolvido engenharia suficiente para a produção do artefato, que consideram tecnologicamente complicado.
Para o instituto, Teerã precisará de mais meses para fabricar um dispositivo adequado aos ensaios subterrâneos e mais tempo para fazer a estrutura nuclear de um míssil confiável para lançamento.
“Se o Irã tentar fabricar uma arma nuclear, é provável que enfrente novos desafios de engenharia, apesar do trabalho que fez no passado”.
O Irã nega que esteja fazendo uma bomba, mas não revela informações importantes sobre o programa atômico, o que causa suspeitas de países do Ocidente e, em especial, de Israel.
As usinas sob a responsabilidade de Teerã passam por vistorias mensais da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, vinculada à ONU), mas o próprio órgão acusa o país de esconder informações consideradas essenciais.