O Parlamento do Irã deu início neste domingo a um processo de impeachment contra o ministro da Economia, Shamseddin Hosseini, por alegadamente não ter monitorado de maneira eficiente os bancos do país para detectar uma fraude de US$ 2,6 bilhões. O ministro deverá comparecer ao Parlamento dentro de 10 dias.
O impeachment centrará foco na alegada supervisão deficiente dos bancos e na distribuição de mensagens a indivíduos sem adequada avaliação, relatou o site da televisão estatal.
Em meados de setembro, funcionários do governo iniciaram uma investigação sobre alegações de que um grupo privado tinha acumulado trilhões de rials, a moeda local, por meio de cartas forjadas do crédito aprovado por meia dúzia de bancos iranianos.
Detalhes do esquema, que foi estimado inicialmente em US$ 2,6 bilhões e considerado com o maior da história do Irã, causou uma tempestade na mídia e levou o presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad, a pedir cautela enquanto as investigações estiverem em andamento.
Omidvar Rezai, um membro do conselho que presidente o Parlamento, afirmou, segundo a imprensa local, que “o ministro também será questionado em relação ao fato de não ter resistido à pressão exercida por executivos”.
Veículos de oposição a Ahmadinejad publicaram uma carta, atribuída ao seu chefe de gabinete e assessor principal, Esfandiar Rahim Mashaie, no qual ele pediu supostamente para que Hosseini facilitasse as operações do grupo acusado.
Durante os últimos meses, Mashaie foi alvo de uma campanha feroz liderada por radicais no campo conservador governista, que o acusam de liderar uma “corrente de divergência” para minar os princípios do regime.
Ahmadinejad, cuja decisão de apoiar Mashaie irritou os conservadores, também rebateu a novas acusações contra seu governo.
Em entrevista à CNN, cuja transcrição foi publicada pela mídia iraniana, Ahmadinejad afirmou que espera que todos os membros do seu governo envolvidos no escândalo serão inocentados. As informações são da Dow Jones.
