As autoridades judiciais do Irã, que adiaram os planos de libertar neste sábado a norte-americana Sarah Shourd – detida junto com outras duas pessoas há mais de um ano sob acusações de espionagem -, insistiram que ela e seus dois amigos permanecerão sob custódia até que os procedimentos legais serem concluídos.
O comunicado do chefe da Promotoria do Teerã, Abbas Jafari Dowlatabadi, divulgado hoje, foi mais um golpe para família dos três detidos. A declaração não especifica se a decisão sinaliza que haverá um julgamento – que poderia demorar semanas ou até meses – ou outra forma de revisão do caso.
Sarah Shourd deveria ter sido libertada neste sábado, mas autoridades judiciais do país cancelaram o plano no último minuto. A reviravolta é uma situação embaraçosa para o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que interveio pessoalmente no caso como um ato de clemência no final do mês sagrado do Ramadã.
Sarah, 31 anos, foi detida junto a seus companheiros Shane Bauer e Josh Fattal, ambos de 27 anos, em 31 de julho de 2009, quando o grupo aparentemente fazia caminhada no Curdistão iraquiano e entrou por engano em território iraniano. As informações são Associated Press.