O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, reafirmou nesta quarta-feira (30) que seu país manterá seu programa nuclear independentemente do impasse com países que exigem o congelamento de parte das atividades atômicas da república islâmica.

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A rádio estatal iraniana citou Khamenei dizendo que curvar-se a “potências arrogantes” beneficiaria somente essas nações que pressionam o Irã. De acordo com ele, seria errado abrir mão do direito iraniano à exploração da energia nuclear à espera de uma mudança de posição por parte do Ocidente.

O líder máximo da república islâmica reiterou que o país desenvolve um programa nuclear com fins estritamente pacíficos, como a geração de energia elétrica, o que está de acordo com as normas do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), do qual o país é signatário.

Os Estados Unidos e alguns de seus aliados suspeitam que o Irã desenvolva em segredo um programa nuclear bélico.

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Em seus relatórios, os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) têm informado não haver sinais de um programa nuclear com fins militares e os serviços secretos dos EUA divulgaram relatório há alguns meses afirmando ter evidências de que um programa nuclear militar mantido pelo Irã teria sido encerrado em 2003.

Ainda assim, EUA e Israel não descartam a possibilidade de bombardear o Irã caso o país não desista do enriquecimento de urânio, um processo essencial para a geração de combustível usado no funcionamento das usinas nucleares. Em grande escala, o urânio enriquecido pode ser usado para carregar ogivas atômicas.

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