O governo do Irã iniciou na quinta-feira (19) exercícios de defesa aérea de larga escala com objetivo de proteger as instalações nucleares do país contra qualquer possível ataque, segundo informou hoje (22) a tevê estatal iraniana. De acordo com a tevê iraniana, o exercício de cinco dias vai cobrir uma área equivalente a um terço do país e se estende através das regiões central, ocidental e sul.
O general Ahmad Mighani, chefe de uma unidade da Força Aérea encarregada de responder a ameaças contra o espaço aéreo do Irã, disse no sábado (21) que as simulações de guerra cobririam regiões onde estão localizadas as instalações nucleares do país. O exercício envolve a elite da Guarda Revolucionária do Irã, as forças paramilitares dos Basij (ligadas à Guarda), assim como unidades do exército.
Os Estados Unidos e aliados europeus acusam o Irã de desenvolver um programa de armas nucleares. Teerã nega as acusações e insiste que seu programa é apenas para fins pacíficos. O governo de Israel não descarta uma ação militar para impedir o Irã de obter armas nucleares.
Também neste domingo (22), o ministro de Defesa do Irã, general Ahmad Vahidi, disse que o país planeja continuar o desenvolvimento e produção de seus próprios mísseis de defesa aérea, segundo a agência de notícias oficial Irna. Seus comentários aparentemente são em resposta ao atraso na entrega dos mísseis antiaéreos S-300 da Rússia, um importante item da defesa aérea iraniana.
O Irã reclama que o atraso na entrega dos mísseis é resultado da pressão dos governos de Israel e dos Estados Unidos. Ambos os países se opõem ao fornecimento dos mísseis porque temem que o Irã poderá usar o sistema para aumentar significativamente suas defesas aéreas nas instalações nucleares – incluindo sua unidade de enriquecimento de urânio em Natanz.
