O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, disse nesta quarta-feira que o seu país e as seis potências mundiais já chegaram a um acerto sobre cerca de 50% a 60% do conteúdo de um acordo nuclear destinado a frear tentativas iranianas de construir armas nucleares em troca de um alívio nas sanções econômicas contra Teerã. O chanceler acrescentou que espera que o prazo até julho para alcançar um acordo final seja cumprido.
A representante das seis potências se mostrou menos otimista, mas disse que depois de várias rodadas de conversas exploratórias os dois lados estavam agora prontos para vencer as lacunas que ainda atrapalham um acordo. Na saída das conversas, a chefe de política externa da União Europeia, Catherine Ashton, as descreveu como “substanciais e detalhadas”. Ela disse que “muito trabalho intensivo será necessário para superar as diferenças”. Mas Ashton, que falou pelas seis potências, sugeriu que foram feitos progressos e que negociadores estavam agora olhando para a próxima rodada a fim de “transpor os obstáculos que ainda estão no caminho de um acordo global”. As conversas foram interrompidas até 13 de maio.
Em meio ao processo de negociação, o líder supremo do Irã, aiatolá Khamenei, disse a cientistas nucleares iranianos que “nossos negociadores não devem aceitar todas as palavras de coação da outra parte”. Ele discursou em comemoração do Dia Nacional de Tecnologia Nuclear do Irã. “As conquistas nucleares do país não podem ser paradas, e ninguém tem o direito de barganhar sobre elas.” As potências globais estão oferecendo a remoção de sanções que prejudicam a economia do Irã se Teerã concordar com limites severos e de longo prazo sobre quaisquer atividades nucleares que possam levar à criação de uma arma. Fonte: Associated Press.