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Irã: dois manifestantes morrem em protestos no oeste do país

Dois manifestantes que participavam de protestos durante a noite de sábado no oeste do Irã morreram, informou a agência de notícias semioficial Mehr neste domingo. As mortes foram as primeiras reportadas nos protestos em curso no país. As manifestações contra os problemas econômicos do Irã, que começaram na quinta-feira, parecem ser as maiores a atingir a República Islâmica desde os protestos na sequência das disputadas eleições presidenciais de 2009.

Em Doroud, cidade cerca de 325 quilômetros a sudoeste de Teerã, na província de Lorestan, no oeste do país, manifestantes se reuniram para um protesto não autorizado durante a noite de sábado, segundo a agência. A Mehr citou Habibollah Khojastepour, autoridade de segurança do governo de Lorestan, afirmando que a reunião ilegal inflamou confrontos. Segundo ele, dois manifestantes foram mortos nos embates. “A reunião deveria terminar pacificamente, mas devido à presença (de agitadores), infelizmente, isso aconteceu”, disse Khojastehpour, segundo a agência. Ele não revelou a causa da morte dos dois manifestantes, mas afirmou que “não foram disparadas balas pelos policiais e forças de segurança contra as pessoas”. Vídeos que circulavam nas redes sociais na noite de sábado aparentavam mostrar manifestantes caídos em Doroud com tiros soando ao fundo.

Milhares tomaram as ruas de cidades do Irã, começando na quinta-feira em Mashhad, a segunda maior cidade do país e um local sagrado para peregrinos xiitas. Os protestos também se espalharam para a capital iraniana, forçando a televisão estatal a quebrar o silêncio no sábado, reconhecendo que não havia reportado os protestos por ordens dos oficiais de segurança.

Pelo menos 50 manifestantes foram presos desde quinta-feira, disseram autoridades do país no sábado. No domingo, a agência de notícias semioficial Ilna informou que as autoridades prenderam cerca de 80 manifestantes na cidade de Arak, cerca de 280 quilômetros ao sul de Teerã.

A economia iraniana melhorou desde o acordo nuclear de 2015 com as potências mundiais, mas o desemprego continua alto, e a inflação oficial voltou a subir. Um aumento recente nos preços de ovos e aves, que um porta-voz do governo atribuiu à restrição de oferta devido à gripe aviária, parece ter sido um dos gatilhos dos protestos. Fonte: Associated Press.

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