O chefe de inteligência do Irã, Heidar Moslehi, disse hoje que mais de dez pessoas ligadas ao assassinato do físico nuclear Masoud Ali Mohammadi no ano passado tinham ligação com a Mossad. Segundo ele, a agência de espionagem de Israel quer reduzir o progresso científico dos países muçulmanos.
Moslehi fez poucas revelações para amparar a afirmação, feita um dia antes, de que a investigação sobre o assassinato do cientista havia levado seus agentes a se infiltrarem no Mossad. Ele não disse exatamente quantas pessoas foram detidas, mas acusou “mais de dez” de pertencerem a redes ligadas à agência israelense.
Funcionários do governo mostraram aos jornalistas várias armas – uma delas com um silenciador – que eles afirmaram foram apreendidas com os suspeitos. O Ministério de Relações Exteriores e o escritório do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu recusaram-se a comentar as afirmações iranianas.
Masoud Ali Mohammadi, professor de Física da Universidade de Teerã, foi morto por uma motocicleta-bomba que explodiu do lado de fora de sua casa quando ele saía para o trabalho em janeiro de 2010. As explicações sobre a razão pela qual ele seria alvo de um atentado nunca ficaram claras, especialmente porque ele não tinha qualquer ligação com o programa nuclear iraniano. Em novembro, dois misteriosos ataques com bombas em Teerã deixaram um cientista nuclear morto e outro ferido. Aparentemente, os dois participam ativamente do programa nuclear do país. As informações são da Associated Press.