O presidente do Irã, Hassan Rouhani, afirmou que permanecem desentendimentos entre o Irã e as potências mundiais quanto a detalhes de um acordo final sobre o programa nuclear iraniano. Os países tem até 24 de novembro para chegar a um consenso com o objetivo de impedir o Irã de produzir armas atômicas em troca de aliviar as sanções econômicas contra o país.
As negociações estão estagnadas em relação ao tamanho e à potência do programa de enriquecimento de urânio, possível caminho para fabricação de armas nucleares. O Irã nega que queria produzir armas atômicas e insiste que o programa tem apenas propósitos pacíficos, como geração de energia. “A única diferença (que permanece) é sobre os detalhes e a quantidade”, disse Rouhani, de acordo com a rede de televisão estatal.
Rouhani afirmou a parlamentares na terça-feira a noite que o Irã e as seis maiores nações do mundo concordaram em deixar o programa iraniano prosseguir, manter o reator de água na cidade de Arak e operar a instalação de enriquecimento de urânio no subsolo da cidade de Fordo.
Também nesta quarta-feira, dissidentes iranianos acusaram o governo nacional de mudar de lugar instalações de pesquisa “nós últimos meses” para escondê-las do Ocidente. A acusação foi feita pelo grupo Mujahedin-e Khalk, que luta para retomar o poder no Irã após a revolução de 1979. Eles disseram ter tido acesso à informação por meio de fontes internas do governo.
Os dissidentes afirmaram que a pesquisa está sendo realizada pela Organização de Inovação e Pesquisa Defensiva do Irã. Os EUA estabeleceram sanções contra essa agência, que consideram “primeiramente responsável por pesquisas no campo de armas nucleares”. O Irã não comentou a acusação.