O Irã criticou nesta terça-feira a posição do presidente dos EUA, Barack Obama, de manter a “ameaça” de uso de força militar como uma opção para responder às atividades nucleares do país islâmico.

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“É uma fonte de arrependimento, que ele ainda tenha de usar a linguagem da ameaça depois que pedimos que a substituísse por uma de respeito”, disse a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores iraniano, Marzieh Afkham, a repórteres.

Em uma declaração anterior, Afkham disse que era “injustificável” que a Casa Branca poderia “violar regras internacionais e a Carta da ONU para atender aos interesses dos lobbies, recorrendo à opção militar”.

Na declaração, feita na mídia local, ela também denunciou os comentários de Obama de que o Irã não deve ver o recuo de uma ação contra a Síria como um sinal de que Washington não atacará o Irã.

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“O governo Obama deve entender que o uso da linguagem de ameaças contra a República Islâmica do Irã não terá o menor efeito sobre a determinação do governo e da nação para defender seus direitos nucleares absolutos, particularmente sobre o enriquecimento de urânio”, disse ela.

Em entrevista à ABC News no domingo, Obama disse que o resultado do acordo da Síria sobre seu arsenal de armas químicas ofereceu uma “lição” ao Irã sobre os benefícios da diplomacia, mas advertiu Teerã sobre seu programa nuclear.

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Obama disse que a questão nuclear era “muito maior” para os EUA do que as armas químicas. “A ameaça contra… Israel, que o Irã representa, é muito mais próxima de nossos interesses centrais”, disse ele, acrescentando que uma corrida armamentista nuclear na região seria “profundamente desestabilizadora”. Fonte: Dow Jones Newswires.