O Irã concordou nesta terça-feira em tomar passos que devem levar seu estoque de urânio enriquecido para um patamar bem inferior ao limite de 300 quilos fixado no acordo nuclear de 2015, potencialmente eliminando um ponto de divergência nessa iniciativa, segundo diplomatas ocidentais.

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Teerã se comprometeu a adotar medidas após discussões em Viena nesta terça-feira entre o Irã e seis potências globais que assinaram o acordo nuclear. Essa reunião deve ter sido a última com a presença da administração do presidente dos EUA, Barack Obama, antes de o presidente eleito Donald Trump assumir, no dia 20.

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O governo Obama buscava maneiras de fortalecer o acordo nuclear, um importante legado na política externa para o político democrata. Autoridades dos EUA e da Europa vinham discutindo há meses passos que o Irã poderia adotar para garantir a manutenção do pacto.

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Quando enriquecido a níveis altos, o urânio pode ser usado como combustível para armas nucleares. Segundo as discussões desta terça-feira, o Irã concordou com um plano que prevê a retirada do urânio enriquecido da usina em Isfahan, no centro do país, e a limpeza da área. Quando o acordo nuclear foi fechado, em 2015, o Irã tinha estimados 100 quilos de urânio enriquecido no local.

Há ainda, porém, outras divergências em relação ao acordo. Entre elas, o fato de que a Rússia tenha obtido permissão para exportar mais de 100 toneladas de urânio natural para o Irã. Essas vendas não estão banidas pelo acordo nuclear, mas o material poderia ser enriquecido para produzir combustível nuclear. Fonte: Dow Jones Newswires.