O ministro de Relações Exteriores do Irã, Manucher Mottaki, disse que o país considera “positiva” a reação do Grupo de Viena (Estados Unidos, Rússia e França) à proposta negociada por Brasil e Turquia para fornecer combustível nuclear ao Irã. Mottaki disse que as respostas iranianas às questões levantadas pelo Grupo de Viena despertou alguma “prontidão” dos integrantes do grupo a conversar sobre a questão. “Nós podemos dizer que este processo é um sinal positivo que reflete a determinação política do Grupo de Viena”, disse Mottaki, ontem, ao canal árabe Al-Alam.

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“O diretor-geral (da Agência Internacional de Energia Atômica) quer organizar uma reunião com o grupo de Viena tendo como base a carta de Teerã para a troca de combustível para o reator de Teerã”, acrescentou Mottaki. A proposta apresentada em 17 de maio pelo Irã, Brasil e Turquia, conhecida como Declaração de Teerã, determina que o Irã envie 1.200 quilos de urânio de baixo enriquecimento para a Turquia em troca de urânio enriquecido a 20%, que seria fornecido pela Rússia e pela França um ano depois. Os membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) desprezaram o projeto e apoiaram uma quarta rodada de sanções da ONU contra o país persa em 9 de junho.

As sanções da ONU foram seguidas por medidas punitivas unilaterais impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia. O Conselho de Segurança suspeita que o Irã esteja escondendo a fabricação de armas nucleares sob um programa atômico civil. Teerã afirma que seu programa não tem objetivos militares. As informações são da Dow Jones.

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