O Irã alertou hoje que o Ocidente tem até o fim do mês para aceitar sua contraproposta para um plano, patrocinado pela Organização das Nações Unidas (ONU), de fornecimento de combustível nuclear. Caso contrário, o país começará a produzir seu combustível por conta própria.

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O alerta representa um endurecimento da posição do Irã em relação ao seu polêmico programa nuclear, que as potências ocidentais temem que esconda um esforço para fabricação de armas nucleares. O governo iraniano insiste que seu programa tem propósitos pacíficos, de geração de eletricidade. “Demos a eles um ultimato. Falta um mês, que acaba no fim de janeiro”, disse o ministro de Relações Exteriores, Manouchehr Mottaki, em entrevista a uma TV estatal.

No entanto, mesmo se Teerã começar a processar seu combustível nuclear, provavelmente o país levará anos até que possa dominar a tecnologia para transformar o urânio, enriquecido ao nível de 20%, em hastes que servem de combustível.

O Irã também minimizou o prazo imposto pelo governo dos Estados Unidos e pelas potências ocidentais, que estabelecia o fim de 2009 para aceitar a proposta da ONU de troca da maior parte de seu urânio enriquecido por combustível nuclear. O acordo reduziria o estoque do Irã de urânio de baixo enriquecimento, limitando – pelo menos no momento – sua capacidade de produzir armas nucleares.

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Os EUA e seus aliados exigem que o Irã aceite os termos do plano da ONU sem alterações. Porém, Teerã apresentou uma contraproposta: que o Ocidente venda o combustível nuclear para o Irã ou troque seu urânio de baixo enriquecimento por combustível em etapas menores, em vez de uma vez, como prevê o plano da ONU.

A alternativa do Irã é considerada inaceitável pelas potências ocidentais, porque deixaria o governo iraniano com material suficientemente enriquecido para fazer armas nucleares. O plano da ONU tem sido a peça central do esforço diplomático ocidental em relação ao Irã.

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“Eles (o Ocidente) devem decidir sobre o fornecimento de combustível para o reator de Teerã com base nas duas ofertas: comprar ou trocar”, disse Mottaki. “De outra forma, a República Islâmica do Irã produzirá o combustível enriquecido a 20% com a capacidade de seus próprios técnicos.”