O Irã culpou os EUA pelo atentado de quinta-feira na Grande Mesquita xiita de Zahedan, capital da turbulenta Província do Sistão-Baluquistão. Pelo menos 28 pessoas morreram na tragédia – incluindo um número não revelado de soldados da Guarda Revolucionária, braço armado do regime iraniano. Washington, além de várias autoridades internacionais, condenou ontem o ataque.
O grupo radical sunita Jundallah, que conduz uma violenta campanha sectária no Sistão-Baluquistão, assumiu a autoria do duplo atentado. A ofensiva seria uma resposta à execução do líder do grupo, Abdulmalik Rigi, preso em fevereiro. Teerã acusa o Jundallah de ter laços com os EUA e governos ocidentais, além da Al-Qaeda e Paquistão.
“As vítimas (do atentado) tornaram-se mártires pelas mãos de mercenários dos EUA e Grã-Bretanha”, acusou o número 2 da Guarda Revolucionária, general Hossein Salami. O deputado Alaeddin Boroujerdi, uma das vozes mais influentes do Parlamento do Irã, exigiu que “os EUA respondam pelo atentado terrorista de Zahedan”.
Por meio de nota, o presidente americano, Barack Obama, condenou o duplo atentado e pediu que os agressores sejam levados à Justiça. A morte de inocentes em um templo religioso, afirmou Obama, é uma “ofensa intolerável”.
Discurso semelhante foi adotado pelo Comissariado da ONU. “Esse ato de terrorismo sem sentido em um lugar de fé faz o ataque ser ainda mais repulsivo”, afirmou Farhan Haq, porta-voz do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.