O governo do Irã atribuiu o atentado contra Masoud Ali Mohammadi, professor de ciência nuclear da Universidade de Teerã, a um grupo armado iraniano de oposição, que seguiria ordens dos Estados Unidos e de Israel. O Departamento de Estado norte-americano rechaçou, por meio de um porta-voz, as acusações de envolvimento no ataque. Autoridades informaram que os explosivos estavam em uma motocicleta, que explodiu hoje perto do carro do professor, próximo da casa dele no norte da capital, segundo a Press TV, uma agência estatal em língua inglesa.
A vítima esteve envolvida no apoio ao candidato oposicionista Mir Hossein Mousavi nas eleições presidenciais de junho. Antes das eleições, sites reformistas divulgaram uma lista com 240 professores que apoiavam Mousavi, entre eles Mohammadi. Críticos afirmaram que houve fraudes generalizadas nas eleições de junho, as quais terminaram com a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad. Houve vários protestos no país na sequência, com forte repressão das autoridades.
Atentados terroristas contra funcionários do Irã e outros alvos em províncias remotas não são incomuns no país. Porém, uma bomba em Teerã é algo bastante raro, e o alvo da ação levanta dúvidas sobre a possibilidade de o ataque estar relacionado ao controverso programa nuclear do regime local.
O Irã afirma possuir um programa nuclear pacífico, com metas como a produção de eletricidade. Já vários países, entre eles os Estados Unidos e Israel, afirmam que o país busca também produzir armas em segredo. No ano passado, os EUA impuseram um prazo de um ano para os progressos nas negociações sobre as ambições nucleares de Teerã. Os norte-americanos ameaçam impor mais sanções, caso não haja avanços. Com informações da Dow Jones.