A investigação paquistanesa sobre os ataques terroristas na cidade indiana de Mumbai, em novembro do ano passado, será completada em dez dias, informou neste sábado (17) o Ministério de Interior do Paquistão. O ministro Rehman Malik disse que será analisada informação entregue pela índia e apurada pelo próprio país.
Malik afirmou que há investigações em andamento no nível provincial e nacional. Islamabad sofre pressão para combater o Lashkar-e-Taiba, grupo militante proscrito paquistanês que a Índia acusa pelos ataques de novembro na capital financeira indiana, que deixaram 164 mortos.
Na quinta-feira, o Ministério do Interior do Paquistão divulgou que foram presas 71 pessoas ligadas ao grupo e outras 124 estavam sob vigilância. Malik disse esperar que a investigação termine rápido e comece um processo legal, mas pontuou que a velocidade disso dependerá também do sistema judiciário.
Em 5 de janeiro, a Índia entregou ao vizinho um dossiê com provas que incluíam informações sobre interrogatórios, armas e dados captados de telefones via satélite usados pelos agressores na ação em Mumbai. Entre os alvos da operação havia dois hotéis de luxo e um centro judaico.
A Índia afirma que o material comprova que militantes sediados no Paquistão armaram e executaram os ataques.
Funcionários indianos insinuaram várias vezes que agentes de inteligência do Paquistão estão envolvidos. O Paquistão nega, ainda que aceite que o único sobrevivente do ataque é um cidadão paquistanês.