Uma ação judicial em nome de investidores foi aberta contra o Société Générale (SocGen) em relação à fraude multibilionária no banco francês. A firma de advocacia Cohen Milstein Hausfeld & Toll, de Washington, Estados Unidos, anunciou que abriu processo no Tribunal Regional de Manhattan alegando que o banco fez comunicados falsos e enganosos sobre sua exposição à crise de crédito de segunda linha (subprime) e sobre o reforço de seus controles internos.
Em janeiro, o banco afirmou que Jérôme Kerviel, um funcionário de mesa de negociação, perdeu mais de 4 bilhões de euros (US$ 6 2 bilhões, ou cerca de R$ 10,5 bilhões) por meio de negociações arriscadas e não autorizadas.
"A realidade no SocGen foi bem diferente da situação prudente, com forte controle interno e risco administrado que foi apresentada aos investidores", diz a ação judicial. "Na verdade, o SocGen tinha uma ‘cultura do risco’ pela qual negociações arriscadas eram tacitamente permitidas. Como resultado da atual inadequação dos controles internos do SocGen, um negociador de 31 anos, Jérôme Kerviel, trabalhou em negócios não autorizados por dois anos.
A queixa, que busca status de ação de classe, foi aberta em nome de compradores dos ADRs (recibos de ações negociados nos EUA, na sigla em inglês) da companhia e de norte-americanos que compraram ações do banco em todo o mundo entre 1º de agosto de 2005 e 23 de janeiro de 2008. O processo vem logo após um segundo negociador ter sido levado para custódia policial como parte de uma investigação na sede do banco. As informações são da Dow Jones.