Um intermediário do pagamento de propinas da Odebrecht na República Dominicana, Angel Rondon Rijo, é alvo de sanções do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que hoje anunciou um decreto dando a possibilidade de que violadores de direitos humanos ou atores da corrupção global sejam alvo de sanções.
A ordem executiva de Trump foi assinada declarando “emergência nacional” com relação a “sérias violações de direitos humanos e corrupção” e permitindo a “imposição de sanções em atores envolvidos em atividades malignas pelo mundo”.
Inicialmente, 13 pessoas foram punidas na Ásia, América Latina, Europa e África. Além disso, o Tesouro americano anunciou sanções contra outras 39 pessoas. “Hoje, os EUA estão tomando uma atitude forte contra abusos de direitos humanos e a corrupção global, fechando o sistema financeiro americano a essas pessoas”, disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
O Tesouro congelou os ativos dessas pessoas e passou a impedir que possam ter qualquer negócio nos EUA. Cidadãos e empresas americanas ainda ficam proibidas de manter qualquer tipo de relação comercial ou financeira com essas pessoas.
Angel Rondon Rijo, de acordo com um comunicado do Tesouro americano, é um “empresário e lobista na República Dominicana, que direcionava dinheiro da Odebrecht, uma empresa de construção do Brasil, para funcionários dominicanos”. Em troca, eles “davam à Odebrecht projetos para construir estradas, barragens e outros projetos”.
De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, a Odebrecht “reconheceu” sua culpa em ato de corrupção e pagamentos de propinas. Ela ainda concordou em pagar uma “multa criminal de US$ 4,5 bilhões”.
Em 2017, Rondon foi preso pelas autoridades dominicanas e denunciado por corrupção pelas propinas pagas pela Odebrecht.