O sistema de contraterrorismo “falhou coletivamente” em deter o ataque realizado no dia de Natal no interior de um avião com destino aos Estados Unidos, reconheceram hoje dois altos chefes da inteligência norte-americana.

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O diretor de Inteligência Nacional, Dennis Blair, e Michael Leiter, diretor do Centro Nacional de Contraterrorismo, fizeram uma admissão conjunta durante uma audiência no Congresso sobre o ataque, que foi frustrado pelos passageiros e tripulantes da aeronave.

O jovem nigeriano indiciado pelo ataque, Umar Farouk Abdulmutallab, “não deveria ter entrado no avião. O sistema de contraterrorismo falhou e eu disse ao presidente que estamos determinados a fazer melhor”, disse Leiter.

Os chefes de inteligência reconheceram ter ignorado vários avisos que poderiam ter alertado as autoridades sobre o suspeito.

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A Al-Qaeda na Península Arábica, um grupo militante islâmico ativo no Iêmen e na Arábia Saudita, afirmou estar por trás da tentativa de explodir um avião da Northwest Airlines que pousou em Detroit com 290 pessoas a bordo.

Blair e Leiter disseram que os serviços de segurança tinham “informações estratégicas de inteligência” de que o grupo estava planejando um ataque embora não “insista que os critérios da lista de observação sejam ajustados”.

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“Além disso, os analistas da comunidade de inteligência…não entenderam os fragmentos de informações que mais tarde indicaram Abdulmutallab, então ele não foi colocado na lista de observação de terroristas”, disseram eles.

Assumindo toda a culpa pelo incidente, Blair e Leiter disseram: “Estamos fazendo uma nova e apurada abordagem no fortalecimento da performance tanto humana quanto técnica”.

Ontem, os Estados Unidos declararam oficialmente a Al-Qaeda na Península Arábica uma organização terrorista, uma medida legal para cortar o apoio financeiro para o grupo e seus líderes, Nasir al-Wahishi e Said al-Shihri. As informações são da Dow Jones.