Patrulhas locais formadas por operários da siderurgia forçaram insurgentes pró-Rússia a abandonarem edifícios do governo que haviam invadido em Mariupol, a segunda maior cidade da Ucrânia, dando esperança aos moradores de que a anarquia que veem há semanas esteja perto do fim.
Mariupol é a segunda maior cidade da região de Donetsk – uma das duas que declararam independência do governo de Kiev após um referendo na semana passada. As patrulhas foram formadas no começo desta semana, depois que Rinat Akhmetov, o homem mais rico do país, incentivou os trabalhadores de suas fábricas a ajudarem a polícia a restaurar a ordem.
Ontem a empresa de Akhmetov, a Metinvest, fez um acordo com os diretores das usinas de aço, a polícia e líderes comunitários para ajudar a melhorar a segurança na cidade e forçar os insurgentes a saírem dos prédios que haviam invadido. Um representante da recém proclamada República Popular de Donetsk também fez parte do acordo.
Dezenas de operários da Metinvest vestidos com macacão e capacete derrubaram barricadas feitas com lixo e pneus em frente ao prédio do governo de Mariupol e caminhões carregaram o material. “Os moradores estão cansados de guerra e caos. Os roubos e saques precisam acabar”, disse Viktor Gusak, um dos funcionários da siderúrgica que estavam limpando as ruas.
“Alguém está tentando semear a discórdia entre nós, mas nós vamos continuar lutando”, afirmou German Mandrakov, o comandante dos insurgentes que ocupavam os edifícios em Mariupol.
Em um relatório publicado hoje, as Nações Unidas levantaram preocupações com o aumento dos abusos de direitos humanos no leste da Ucrânia diante de relatos de que grupos armados estão aproveitando a falta de aplicação da lei e da ordem no país. Fonte: Associated Press.