Cerca de 50 militantes atacaram nesta segunda-feira (16) um terminal de caminhões no Paquistão que levavam suprimentos para tropas dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão. Foi o segundo ataque deste tipo no noroeste paquistanês em dois dias. O aumento dos ataques aumentou as dúvidas sobre a segurança das rotas de suprimentos que passam pelo país, fazendo com que os EUA e a Otan procurem alternativas. Ainda não há informações sobre mortos ou feridos.

continua após a publicidade

Os homens que atacaram o terminal de al-Fasil eram em maior número que os seguranças. Eles jogaram gasolina sobre os dez caminhões que levavam suprimentos ao Afeganistão e atearam fogo. “Eles desarmaram todos os guardas e nos alertaram para não tentar nada”, disse Janab-e-aali, um dos agentes de segurança. Não se sabe se os suprimentos eram destinados às tropas estrangeiras no Afeganistão ou ao Exército afegão, já que ambos usam equipamentos importados similares. Ontem, o ataque a outro terminal da cidade deixou cerca de 20 veículos destruídos.

As forças norte-americanas e da Otan baseadas no Afeganistão recebem até 75% de seus suprimentos por rotas que atravessam o Paquistão. Militantes que, acredita-se, sejam do Taleban, têm atacado depósitos perto de Peshawar nos últimos meses, destruindo grande quantidade de veículos militares. Já ataques rodoviários por meio da passagem Khyber para a fronteira afegã tem resultado em vários fechamentos temporários. Oficiais norte-americanos e da Otan afirmam que os ataques têm pouco impacto em suas operações, mas procuram formas de levar mais suprimentos para o Afeganistão por meio da Ásia Central.

continua após a publicidade