Inspetores encarregados de supervisionar a destruição de armas químicas da Síria disseram que sua maior prioridade é acabar com a capacidade do país de fabricar esses armamentos, usando todos os meios possíveis. Isso pode incluir a destruição de equipamentos com marretas, a explosão de mísseis e a inutilização de máquinas e materiais, disseram.

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A Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução na sexta-feira ordenando a destruição das armas químicas da Síria até meados de 2014.

Um grupo de 20 inspetores da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW, na sigla em inglês) deve partir para a Síria já na segunda-feira. “Isso não é extraordinário apenas para a OPCW. Isso nunca foi feito antes: uma missão internacional entrar num país em conflito e, no meio do conflito, supervisionar a inutilização de toda uma categoria de armas de destruição em massa”, disse o porta-voz da OPCW, Michael Luhan.

Os EUA e a Rússia acreditam que a Síria tenha aproximadamente mil toneladas de armas químicas, incluindo gás mostarda e sarin. Peritos acreditam que esses armamentos estejam distribuídos em um número que pode variar de 50 a 70 localidades.

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Timothee Germain, pesquisador do Centro para Segurança Internacional e Controle de Armas, em Paris, disse que as armas podem ter sido distribuídas por um número maior de locais com a possibilidade de um ataque militar dos EUA. Segundo ele, o cronograma para a destruição das armas dificilmente será cumprido.

Em entrevista ao canal de TV italiano RAI News 24, o presidente da Síria, Bashar Assad, disse que seu governo vai respeitar a resolução da ONU. “É claro que nós vamos cumprir (a resolução) e a história prova que nós sempre cumprimos todos os tratados que assinamos”. Fonte: Associated Press.

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