O homem-bomba que matou oito norte-americanos, incluindo sete agentes da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), esta semana, pode ter conseguido passar por múltiplas camadas do complexo de segurança dos Estados Unidos ajudado por um informante afegão dentro da CIA, disse uma autoridade ocidental ao jornal “The Wall Street Journal”.

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Se isso for verdade, sugere que os rebeldes viraram a mesa e conseguiram colocar seus próprios agentes perto do complexo que a CIA usava para cultivar informantes. Na quarta-feira, autoridades da CIA haviam convidado o atacante para a base com a esperança de recrutá-lo como informante. Eles usaram um intermediário afegão para acertar o encontro. O homem chegou usando uma uniforme do Exército afegão, disseram as autoridades.

Hoje, o movimento Taleban no Paquistão assumiu a autoria do ataque contra o complexo de segurança dos EUA no Afeganistão. O Taleban paquistanês também afirmou que usou um renegado, ou um agente duplo, para realizar o ataque. Foi o pior ataque que a CIA sofreu na história.

Qari Hussain, um comandante graduado do Taleban paquistanês, que acredita-se seja o mentor de vários ataques suicidas, disse que os militantes tentam acabar com a capacidade da CIA de lançar ataques de mísseis teleguiados através da fronteira contra alvos do grupo no Paquistão.

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Hussain disse que um “agente da CIA” contactou o Taleban paquistanês e disse ter sido treinado pela agência para atacar os militantes, mas se disse pronto a desfechar uma ação contra a agência americana de espionagem. “Graças a Deus que nós o treinamos e o enviamos contra a base aérea de Khost”, disse Hussain. O Taleban do Paquistão e o Taleban do Afeganistão são movimentos com estruturas de comando separadas, embora tenham contatos e ligações.

Com informações da Dow Jones.

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