O governo da presidente Cristina Kirchner anunciou nesta quinta-feira (10), por intermédio do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), que a inflação de março na Argentina foi de 1,1%. O índice é rejeitado por economistas independentes, empresários e associações de consumidores, que calculam que a inflação do mês passado – empurrada pelo desabastecimento de alimentos provocado pelo locaute sem precedentes realizado pelo setor agropecuário – teria estado entre 3% e 4%. Desta forma, seria o maior índice de inflação da última meia década.

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A disparada da alta de preços, o maior pesadelo do governo Cristina, está colocando a Argentina no ranking dos países com maiores índices inflacionários no mundo.

A escalada de preços no mês passado foi empurrada pelo desabastecimento de produtos alimentícios provocada pela paralisação dos agricultores, que realizaram um locaute sem precedentes de 21 dias. Alguns produtos, como a batata, registraram aumentos de até 200% no meio do desabastecimento. Os diversos cortes de carne bovina tiveram altas de 60% a 100%.

Desta forma, segundo o governo, a inflação acumulada do primeiro trimestre foi de 2,5%. No entanto, analistas da consultoria Ecolatina calculam que teria sido de 6,8%. O índice do Indec perdeu credibilidade por causa da polêmica intervenção que o governo federal realiza há 14 meses.

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