As principais indústrias da Argentina devem reduzir gradualmente o consumo de gás natural, de forma a garantir o fornecimento às famílias. O país passa por dificuldades para obter o fluido e também encara uma greve do sindicato dos petroleiros no sul da Argentina. A medida foi tomada a pedido do Ministério de Energia.
Essa resolução é de caráter temporário e deve ser revogada assim que os problemas de abastecimento forem contornados. O mau tempo afetou os principais portos da Argentina e causou atraso no descarregamento de dois navios de gás natural liquefeito. Além disso, a greve dos petroleiros na Terra do Fogo já restringiu a entrada de 16 milhões de metros cúbicos de gás. Eles protestam contra o aumento na tarifa de gás.
“Nós fornecemos mais ou menos de 20 a 30% de gás natural para o continente. Se as províncias de Santa Cruz e Chubut se juntarem à greve, a Argentina inteira fica sem gás”, disse René Rotger, secretário administrativo do sindicato do setor privado.
O sindicalista afirma que o aumento das tarifas de alguns serviços na Argentina impactou muito mais a Terra do Fogo do que outras regiões do país, uma vez que o arquipélago enfrenta temperaturas abaixo de zero no outono e no inverno. Além disso, a eletricidade da região é gerada a partir de turbinas a gás, o que faz com que o aumento impacte também as contas de luz.
Ministros do governo Macri estão reunidos com funcionários da Terra do Fogo e outras províncias da região da Patagônia para avaliar novas alternativas para o impacto dos aumentos nas taxas de eletricidade e gás, tanto no setor industrial como no residencial. O Ministério de Energia já indicou a importação de 1.200 megawatts como medida complementar e cogita importar mais 3 milhões de metros cúbicos de gás vindos do Chile. Fonte: Associated Press.