Três militantes islâmicos da Indonésia condenados à pena de morte pelos atentados em Bali em 2002 serão executados no mês que vem, segundo promotores. Os condenados Imam Samudra, Amrozi Nurhasyim e Ali Ghufron, “esgotaram suas opções legais”, afirmou Jasman Panjaitan, porta-voz da Promotoria Geral da Indonésia.

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Os militantes, que alegam que os ataques tiveram o objetivo de punir os Estados Unidos e seus aliados ocidentais por supostas atrocidades cometidas no Afeganistão, serão executados por um batalhão de fuzilamento na prisão em que estão mantidos. Eles foram condenados pelo planejamento dos ataques suicidas do dia 12 de outubro de 2002, contra duas boates na ilha de Bali, no qual 202 pessoas morreram, muitas delas turistas estrangeiros.

“Não há nenhuma hesitação” por parte de membros do governo sobre a execução das sentenças, afirmou o vice-presidente, Jusuf Kalla. A Indonésia, maior nação islâmica do mundo, foi elogiada nos últimos anos por prender centenas de militantes. Há três anos não há um grande ataque no país. Na terça-feira, a polícia deteve cinco militantes suspeitos de planejar a explosão do maior depósito de combustível do país, localizado em Jacarta.

Os ataques de 2002 em Bali, supostamente financiados pela Al-Qaeda, foram realizados por membros e associados do Jemaah Islamiyah, grupo militante do Sudeste Asiático apontado como responsável por pelo menos três outros ataques suicidas na Indonésia, incluindo um contra o hotel J.W. Marriott e a embaixada da Austrália na capital. Os últimos ataques atribuídos ao grupo ocorreram em 2005 e causaram a morte de 21 pessoas, em várias explosões em bares e restaurantes de Bali.

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