Indígenas colombianos lembram massacre de El Naya

Ao comemorar o décimo aniversário do massacre de El Naya, feito por paramilitares colombianos, os indígenas pediram hoje que o governo da Colômbia demarque territórios para a formação de uma reserva, como medida de reparação à comunidade.

Os indígenas Nasa pedem a “demarcação e a constituição” de uma reserva – prevista nas leis colombianas – de 289 hectares para 600 pessoas, localizada no município de Santander, departamento (equivalente a Estado) de Cauca, 318 quilômetros ao sudoeste de Bogotá. Gerson Acosta, cacique da etnia Nasa, disse que no caso da reserva ser criada, será chamada de “Kitek Kiwe”, ou “Terra Florescente”.

Os índios também pedem que nunca mais se repita o que ocorreu em 2001, quando pelo menos 26 pessoas foram assassinadas na região cruzada pelo rio Naya. Acosta disse que os indígenas pedem ao governo “fatos contundentes para o esclarecimento” da matança. O cacique disse que os indígenas pedem que a comunidade internacional monitore a situação nas margens do rio Naya, que os indígenas que tiveram parentes mortos sejam indenizados e que sejam protegidas as comunidades.

A matança foi atribuída a esquadrões de paramilitares chefiados por Herberth Veloza, de codinome “HH”, capturado em 2007 pelo governo colombiano e extraditado em 2009 para os Estados Unidos, onde é processado por narcotráfico. Veloza confessou à Justiça colombiana centenas de assassinatos, incluídos os de El Naya. As informações são da Associated Press.

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