Indícios mostram que oposição síria usou gás sarin

A ex-procuradora para crimes de guerra da Organização das Nações Unidas (ONU) Carla Del Ponte disse à televisão suíça que uma comissão da organização tem indícios de que as forças rebeldes sírias usaram gás sarin como arma durante os conflitos no país.

Del Ponte, ex-procuradora-geral suíça que presidiu dois tribunais de guerra da ONU, disse à emissora pública suíça SRI que os indícios têm como base entrevistas com vítimas, médicos e funcionários de hospitais de campo em países vizinhos.

Ela é integrante de um painel independente da ONU, formado por quatro pessoas, que investiga supostos crimes de guerra e outros abusos na Síria. Na entrevista que foi ao ar na noite de domingo, Del Ponte disse que os investigadores do painel tem “suspeitas fortes e concretas, mas ainda não provas incontestáveis do uso do gás sarin, a partir da forma como as vítimas foram tratadas”. Ela declarou também que não há evidências de que as forças do governo também tenham usado o sarin como arma química.

“Ainda temos de aprofundar nossa investigação, verificar e confirmar (as descobertas) por meio de novos relatos de testemunhas mas, segundo o que verificamos até agora, oponentes do regime são os que estão usando o gás sarin”, disse ela.

Formado dois anos atrás por ordem do Conselho de Direitos Humanos da ONU, a comissão não conseguiu, até agora, acesso ao território sírio, já que Damasco tem ignorado os repetidos pedidos de entrada no país.

Por essa razão, a comissão entrevistou mais de 1.500 refugiados e exilados para formular seus relatórios e acusações de que tanto as forças do governo e seu aliados quanto a oposição estão cometendo crimes de guerra. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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