A Índia exigiu formalmente nesta segunda-feira (1º) que o Paquistão “aja com firmeza” contra as pessoas por trás dos ataques da semana passada contra Mumbai, capital financeira do país. Vishnu Prakash, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, disse a jornalistas que o alto comissário paquistanês na Índia foi convocado à sede da chancelaria e notificado que “elementos do Paquistão” perpetraram os ataques, que começaram na noite de quarta-feira e se estenderam por cerca de 60 horas, e deixaram mais de 170 mortos e centenas de feridos.
Mais cedo, o ministro-chefe do Estado indiano de Maharashtra anunciou que apresentou sua renúncia ao cargo depois de seu vice ter pedido demissão na esteira dos devastadores atentados islâmicos da semana passada contra Mumbai (ex-Bombaim).
“Apresentei minha renúncia”, disse a jornalistas o ministro Vilasrao Deshmukh. “Se a responsabilidade pelos ataques recai sobre o ministro-chefe, então eu saio. A decisão final está com o alto comando”, disse ele, referindo-se à liderança do governista Partido do Congresso. “A pressão está sobre mim”, declarou Deshmukh, que apresentou ontem à noite sua renúncia ao comitê central do partido.
Deshmukh foi alvo de duras críticas neste domingo (30), quando visitou o Hotel Taj Mahal, um dos diversos alvos dos extremistas islâmicos ao longo das 60 horas de ataques. Também houve amplo descontentamento entre a opinião pública indiana pela impressão de que erros dos serviços secretos e de segurança levaram aos ataques da semana passada.