Um templo sagrado localizado em Ayodhya, no norte da Índia, e reivindicado por muçulmanos e hindus será dividido entre os dois grupos religiosos, revelou hoje Ravi Shankar Prasad, um advogado que atua em nome de clientes hindus. Segundo ele, a decisão final sobre o tema deverá ser tomada em três meses. Os muçulmanos reverenciam o local por ele ficar na área em que esteve a mesquita Babri, do século XVI, hoje demolida. Já para os hindus, a área é onde nasceu o deus Rama.

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O Tribunal Superior de Allahabad decidiu que o local deve ser dividido em três. Os muçulmanos devem ficar com um terço dele, enquanto dois grupos hindus devem dividir o restante da área, disse Prasad. O advogado afirmou que pretende recorrer da decisão. No local já ocorreram confrontos entre as comunidades hindu e muçulmana no país. O advogado Zaffaryab Jilani considerou o veredicto desta quinta-feira “um passo à frente” no tema, mas prometeu recorrer à Suprema Corte.

Em 1992, extremistas hindus tomaram o templo. A crise fez com que fossem enviados milhares de paramilitares para a área, e os confrontos que se seguiram deixaram cerca de 2 mil pessoas mortas, a maioria muçulmanas. Desde então, o local vive guardado por soldados. Um grupo hindu que pretende construir um templo na área disse que a decisão judicial foi “motivo de grande felicidade”. Com informações da Dow Jones.

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