Um tribunal indiano condenou à morte hoje dois homens e uma mulher considerados culpados de envolvimento em um atentado no qual 52 pessoas morreram e 180 ficaram feridas em Mumbai (ex-Bombaim) em 2003. Ujjwal Nikam, o promotor do processo, declarou-se satisfeito com a decisão. Os réus Ashrat Shafiq Mohammed Ansari, Syed Mohammed Haneef Abdul Rahim e a esposa dele, Fahmeeda Syed Mohammed Haneef, foram declarados culpados de homicídio, conspiração para matar e danos a propriedade pública pelos ataques de quase seis anos atrás.
No tribunal, o trio se disse inocente das acusações e seus advogados de defesa afirmaram hoje que vão recorrer do veredicto. Outras três pessoas foram detidas sob suspeita de participação, mas acabaram liberadas sem acusações pendentes.
No atentando em Mumbai, dois táxis repletos de explosivos foram detonados num intervalo de poucos minutos no Portal da Índia e em um mercado de joias. Investigadores acreditam que os ataques tenham sido uma retaliação aos episódios de violência de um ano antes em Gujarat, onde cerca de mil pessoas foram mortas por hordas de hindus que atacaram bairros, cidades e povoados muçulmanos no Estado.
Os ataques aos muçulmanos ocorreram depois de 60 pessoas a caminho de uma peregrinação hindu terem morrido em um incêndio ocorrido em um trem. Extremistas hindus acusaram os muçulmanos, mas a causa do incêndio é desconhecida até hoje.