O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) divulgou nesta quinta-feira (6) no Rio uma projeção de fluxo privado de capitais para o Brasil de US$ 70,5 bilhões em 2008, volume inferior aos US$ 79,5 bilhões estimados para 2007.

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O economista-chefe do IIF, Yusuke Horiguchi, disse que, na verdade, o recuo previsto para o Brasil ocorrerá sobre um resultado que foi "excepcional" no ano passado, por fatores específicos, como as altas taxas de juros e a forte apreciação do real frente ao dólar. Ele citou também que houve no mercado de títulos do Brasil em 2007 uma série de lançamentos de ações e títulos que não deverá se repetir pelo menos nos primeiros dois meses de 2008.

O presidente do Banco Itaú e vice-presidente do IIF, Roberto Setúbal, também minimizou o recuo no fluxo de capitais, afirmando que a economia brasileira está hoje em situação totalmente diferente, com reservas elevadas e políticas macroeconômicas, fiscais e monetárias "funcionando muito bem". Para Setúbal, "tudo isso faz com que o Brasil esteja muito menos vulnerável a fluxos de capital", observou.

O IIF divulgou pela primeira vez no Brasil o relatório sobre o fluxo de capitais para economias emergentes e realizará amanhã no Rio um evento no Copacabana Palace, que contará com a presença, além de representantes de instituições financeiras de todo mundo, do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

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