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Igreja brasileira quer ampliar acolhimento a imigrantes venezuelanos

Com o agravamento da crise na Venezuela, a Igreja Católica brasileira quer ampliar o acolhimento a imigrantes venezuelanos que pedem abrigo oficial ou cruzam a fronteira e se refugiam no Brasil. O assunto foi abordado nesta quinta-feira, 2, durante o segundo dia da Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que se realiza em Aparecida, interior de São Paulo.

Durante o evento, o arcebispo de Aracaju e presidente da Caritas brasileira, dom João José da Costa, disse que as dioceses de outros Estados brasileiros estão sendo chamadas a desenvolver projetos de acolhida dos venezuelanos que estão em Roraima, Estado na fronteira com a Venezuela.

De acordo com o bispo de Roraima, dom Mário Antônio da Silva, a entrada de venezuelanos aumentou depois que o líder opositor Juan Guaidó tentou derrubar o presidente Nicolás Maduro e assumir o poder, na última terça-feira.

“Apesar da Operação Acolhida, do governo federal, relatos que chegam das paróquias de Pacaraima indicam que muitos venezuelanos estão procurando as igrejas. O Exército os traz, mas a acolhida das famílias que precisam de um lugar para ficar e de comida, isso depende dos paroquianos e da Igreja”, afirmou.

Segundo ele, os venezuelanos já representam mais 10% da população de Roraima. “É preciso distribuir essa população e dar acolhimento a ela, assim não fica pesado para ninguém.” Já o presidente da Caritas lembrou que a entidade ligada à CNBB desenvolve o projeto ‘Caminhos da Solidariedade’ para acolher os refugiados do país vizinho, em Roraima.

Parte dos recursos arrecadados com a Campanha da Fraternidade de 2018 foram destinados à diocese para ações de acolhida. “Precisamos reproduzir essa boa ação em outras dioceses. Mais do que dar acolhida, é preciso um esforço para que sejam integrados em nossa sociedade”, disse dom João. Ele contou que Aracaju recebeu 27 venezuelanos e em todas as famílias já tem alguém trabalhando. “Cuidamos para que não fiquem dependentes apenas do trabalho social.”

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