As forças do Iêmen prenderam ontem um dos principais líderes da Al-Qaeda na Península Arábica e dois outros militantes da organização. Eles haviam sido feridos em uma ofensiva na segunda-feira – que deixou dois mortos – e estavam sendo tratados em uma casa no norte do Iêmen. As recentes ações contra a rede terrorista acalmaram os países ocidentais que temiam atentados no país.
O nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab que, com o apoio de membros da Al-Qaeda no Iêmen, tentou explodir um avião com cerca de 300 pessoas durante aterrissagem em Detroit no dia do Natal, foi indiciado ontem por seis crimes.
Os três militantes presos no Iêmen estavam em uma casa na Província de Arhab, 60 quilômetros ao nordeste de Sanaa. Não houve resistência à prisão, segundo autoridades de segurança do Iêmen. Muhammad al-Hank, preso ontem, é um dos principais comandantes da Al-Qaeda no Iêmen e estaria por trás de um plano para atacar alvos ocidentais em Sanaa. Esta ameaça levou à decisão dos EUA e de outros países de fechar suas embaixadas no fim de semana.
Ele é primo de Nazih al-Hank, um dos mais poderosos membros da organização de Osama bin Laden na Península Arábica. Um dos outros detidos é Nasir al-Wahayashi, tido como o responsável pelo fortalecimento da organização no Iêmen.
Autoridades norte-americanas e iemenitas calculam em cerca de algumas centenas o total de membros da Al-Qaeda no Iêmen. A maior parte é composta por jihadistas veteranos das guerras do Iraque e do Afeganistão. Outros são ex-prisioneiros de Guantánamo que foram transferidos para o Iêmen e fugiram da prisão. Membros da organização também deixaram a Arábia Saudita, onde a repressão é maior, para se instalar no território iemenita. Agora, militantes da Somália ameaçam ir para o Iêmen se juntar à rede terrorista.