O processo de identificação das 72 vítimas de chacina na fronteira do México com os Estados Unidos deve demorar cerca de 15 dias, segundo o cônsul-geral do Brasil no México, Márcio Lage. De acordo com ele, até hoje 41 corpos tinham sido autopsiados. Do total, no entanto, 20 estão sem identificação.

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Inicialmente, a informação era de que entre as vítimas havia quatro brasileiros. “Mas no momento nos passaram apenas uma vítima do Brasil”, disse. Ele não descarta o aumento do número. A vítima brasileira é um homem de 20 anos. “Ocorre que o nome dele é comum e poderia até ser de outra nacionalidade, precisamos primeiro nos certificar para depois contatar a família”, explicou. “Ainda não tivemos acesso à documentação dele”.

Designado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) para acompanhar os trabalhos de identificação e transporte dos corpos, Lage aguarda autorização para seguir para Reynosa, cidade para onde estão sendo levadas as vítimas. “Ainda não tivemos acesso ao local onde estão os corpos, próximo à cidade de San Fernando (no Estado de Tamaulipas)”.

O local fica fora da cidade e as autoridades disseram que não havia condições de segurança, segundo o diplomata, que classificou como “lento” o trabalho de identificação dos corpos. “Há toda uma parte burocrática”, disse.

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O cônsul disse também que a última etapa do trabalho será cuidar da documentação e transporte dos corpos de brasileiros vítimas do massacre. “O Itamaraty vai informar os procedimentos para que as famílias tenham condições de enterrar os seus parentes”, disse.